segunda-feira, 27 de maio de 2013

O Pecado habita em Mim


            O pecado habita em mim (Romanos 7: 17). Essa é uma verdade que todo cristão deve estar bem ciente, todos os dias. Ainda que no meu espírito sirva a Deus, na minha carne sirvo ao pecado (Romanos 7: 25). Esta é uma dualidade presente no homem, vem da nossa natureza e faz parte dela, intrinsecamente ligada às nossas emoções, desejos e atitudes. Nossa mente foi corrompida, já não temos a capacidade de fazermos o bem por nós mesmos (Romanos 7: 18,19). Isso nos leva a uma guerra constante, entre carne e espírito, vontade e o ato de realizar essa vontade. Estamos em guerra, permanentemente.
            Mas então, vem uma pergunta famosa: Se eu, segundo Paulo, estou livre do pecado (Romanos 6: 1 e 2), porque continuo a pratica-lo? Porque eu simplesmente não deixo de amar o pecado e passo a simplesmente ignorá-lo? Eu creio que crê, caso Cristo nos retirasse o desejo de pecar, é muito provável que nós simplesmente nos esqueceríamos dele. Olhe como os fariseus viviam. Cheios de orgulho pela sua santidade, sua vida piedosa, justa diante da lei e dos homens. Como está escrito em Lucas 18: 11,12:
            O fariseu, estando de pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto possuo.
            Eu não estou aqui fazendo um convite ao pecado (Romanos 6: 1, 2). A verdade é que o pecado que faz separação em mim e meu Deus (Isaías 59: 2) é mesmo que me quebranta quando me achego diante Dele. Muitas pessoas dizem serem pessoas quebrantadas, que possuem um coração contrito. Mas a minha pergunta é: pelo quê? Não são por seus problemas? Seus desejos que ainda não foram atendidos? Por promessas ainda não cumpridas? Sejamos sinceros: o que nos quebranta em oração e adoração a Deus?
            Se você está lendo isso deve estar pensando que sou muito justo, ou santo. Mas muito pelo contrário. Sou pecador. Vinte e quatros horas sintonizado nas ondas do pecado. Meus pensamentos, anseios, minha maneira de pensar e raciocinar e a maneira como me justifico pelas minhas práticas são pecado em si. Não porque não tenham boas intenções, ou porque não há um desejo de servir a Deus, mas porque, sempre que busco servir a Deus segundo o meu conselho, peco. Isso porque não tenho virtudes e qualidade suficientes para me aproximar daquele que é três vezes santo.
            Eu entendo hoje que minha santidade, aquilo que deixo de fazer ou faço em nome de santidade não é capaz de me aproximar de Deus. E isso dói. Me lembro daquele salmos: Quem entrará no monte santo? (Salmos 15: 1). Resposta: Aquele anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração (salmos 15: 2). Quem de nós pode se gabar de ser assim?
            E é aí que vem o problema: quantas vezes nos gloriamos por termos isso em Cristo sem entender a profundidade do nosso pecado diante de Deus? Nós não temos gratidão, e  se temos é pequena (Lucas 7: 47). Uma das grandes (para mim, a maior) obras do Espírito Santo é nos convencer do pecado. E é este convencimento que nos leva a Cristo. Não com sentimento de vanglória, de ganancia. Mas de gratidão, temor, misericórdia. E principalmente, amor. Ah, meu irmão ou irmã! Se tivesse a capacidade de sentir na nossa alma pelo menos um pouco do peso que é a ira de Deus sobre o pecado, talvez nos tornássemos menos insolentes diante da sua graça. E muito mais gratos por Cristo. E amaríamos mais, perdoaríamos mais, viveríamos de maneira muito mais abundante.
            Tenho um convite a fazer: leia as escrituras. Simplesmente leia. Ore a Deus que o Espírito Santo lhe dê um entendimento tal que você possa compreender como esta graça é poderosa. Estou cada vez mais convencido que o amor de Deus em Cristo por nós é uma resposta direta ao nosso pecado.

            Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. Tiago 4: 8, 9, 10.

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